Cia. Mamba de Artes

TV Mamba: teatro, cinema, palestras, entre outros.


www.ciamamba.com.br


A Cia. Mamba de Artes foi fundada por Amanda Vieira, Flavio Barollo e Patrícia Castilho em 2008, iniciando sua trajetória a partir do desejo artístico de desenvolver uma pesquisa prática acerca de clássicos da dramaturgia mundial: sua relevância estética, atualidade de discurso e a possibilidade de diálogos com os diferentes meios de representação na contemporaneidade, como teatro e cinema.

O primeiro projeto da Cia. resultou no curta metragem “O sangue pelos filhos” inspirado na peça teatral “O Pelicano” de August Strindberg. Foi um trabalho de mais de um ano, entre pesquisa, adaptação do roteiro, os quatro meses de ensaios com os atores e a filmagem propriamente dita. Este trabalho foi convidado a participar do Festival BrasilCine, em Estocolmo, e parte da equipe teve a oportunidade de visitar a terra do dramaturgo Strindberg.

A viagem à Suécia e o balanço da experiência cinematográfica estimularam a Cia. a assumir o desafio de montar no teatro o texto original. Em 2009, “O Pelicano” estreou e fez duas temporadas em São Paulo, sob a direção de Denise Weinberg, com patrocínio da Eletrobrás e uma equipe técnica comprometida com a excelência artística que a obra exige. Recebemos os primeiros reconhecimentos da crítica, que deram impulso para prosseguirem: espetáculo classificado com três estrelas pela Revista Veja São Paulo; considerada uma das 10 melhores peças em cartaz pela Revista Bravo; além de ser capa do maior guia de teatro de São Paulo, o Guia OFF. Um ano depois, em 2010, “O Pelicano” voltou para sua terceira temporada.

Em se tratando de um texto clássico, o “O Pelicano” surpreendeu principalmente pelo grande interesse e receptividade dos jovens de ONGs e escolas que assistiram ao espetáculo, sendo o estopim para a criação do projeto Viva Cultura, cujo objetivo é que jovens possam cada vez mais desenvolver a própria cidadania através do poder transformador da arte, além de despertar aptidões e descobrir novos caminhos.

Atualmente a Cia. Mamba ministra um curso gratuito de teatro dentro do Espaço Claret Educação e Arte, e continua levando, também gratuitamente, seus jovens para assistir às suas e outras produções em cartaz.

Em 2010, a Cia. correalizou o espetáculo "Novelo", texto de Nanna de Castro, e direção de Zé Henrique de Paula. Em 2011, além da grande estreia de “Espectros”, texto original de Henrik Ibsen, adaptado por Ingmar Bergman, e direção de Francisco Medeiros, a Cia. tem previsão de um novo espetáculo de Strindberg, “Brincando com Fogo”.

O objetivo da Cia. Mamba de Artes é fazer uma pesquisa contínua e sistemática que permita o desenvolvimento de meios expressivos que potencializem o trabalho dos atores, além de buscar novos diálogos entre as diferentes linguagens artísticas, explorando, especialmente, o potencial estético e comunicativo da relação entre cinema e teatro. É através destes estudos que o grupo seleciona e conduz seu processo criativo, sempre em busca de um teatro contemporâneo, fundamentado no ator criador. A Cia. acredita que os núcleos artísticos estáveis que prosseguem e aprofundam suas pesquisas são fundamentais para o desenvolvimento e para a inovação estética das artes cênicas.

Ficha Técnica

texto original
HENRIK IBSEN

adaptação
INGMAR BERGMAN

direção
FRANCISCO MEDEIROS

elenco
CLARA CARVALHO
NELSON BASKERVILLE
PLINIO SOARES
FLAVIO BAROLLO
PATRICIA CASTILHO

tradução
CARLOS RABELO

dramaturgista
TEREZA MENEZES

dramaturgia corporal
NEIDE NEVES

direção musical
EDUARDO AGNI

iluminação
WAGNER FREIRE

cenografia
MARCIO MEDINA
CESAR RESENDE SANTANA

figurino
MARICHILENE ARTISEVSKIS

programador visual
SATO > casadalapa

assistente de arte e figurino
AMANDA VIEIRA

video projeção
RICARDO PALMIERI

fotógrafo
RONALDO GUTIERREZ

assistente de iluminação
ALESSANDRA MARQUES

arte educadora
ADRIANA LOBO MARTINS

assessoria de imprensa
MORENTE FORTE

operador de luz
IGOR SANE

operador de som
THEO BUENO

operador de video
VJ DADO FRANÇA

assistente de produção
LILIA VALENTE

produção executiva
LEANDRO VIANA
JAMIL KUBRUK

diretor de produção
LUQUE DALTROZO

apoio institucional
MINISTÉRIO DA CULTURA
SECRETARIA DE CULTURA DO ESTADO DE SÃO PAULO - PROAC ICMS

patrocínio
ELETROBRAS

realização
SESC

idealização
CIA. MAMBA DE ARTES
VIVA CULTURA



O Pelicano, de August Strindberg



Curta: O Sangue pelos Filhos

Inspirado na obra de August Strindberg, O Pelicano.

O Sangue pelos Filhos from Mamba Produções on Vimeo.

Sinopse

Sinopse resumida:
ESPECTROS, famosa peça de Henrik Ibsen, ganha adaptação de Ingmar Bergman, que mexeu e reescreveu o texto, inseriu trechos de Strindberg, e colocou a figura da mãe (Clara Carvalho) como centro absoluto da trama. "É como se Strindberg e Bergman tivessem apimentado ainda mais o Ibsen." A peça se passa durante a volta do filho (Flavio Barollo), há muito tempo exilado pela mãe, para a cerimônia de inauguração de um orfanato em homenagem póstuma ao pai. A chegada do Pastor, amigo da família (Nelson Baskerville), o carpinteiro da obra (Plínio Soares) e revelações sobre empregada da casa (Patrícia Castilho), culminam num final surpreendente e inesperado entre mãe e filho.


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Bergman, apesar de famoso mundialmente por sua carreira no cinema, tinha no teatro sua verdadeira paixão. Dirigiu mais de 50 filmes e mais de 170 peças, sendo sua última montagem em vida esta adaptação de “Espectros”, que ficou em cartaz em 2002 no Royal Dramatic Theatre, em Estocolmo, e também passou por Nova Iorque e Londres.

O texto escrito em 1881 pelo dramaturgo norueguês Henrik Ibsen, um dos mais inquietos e talentosos dramaturgos da virada do século XX, é considerado por muitos sua obra-prima. Absolutamente atual, “Espectros” trata de questões contemporâneas com uma eloquência e fluidez incríveis, inspirando Bergman a revisitar este texto. Em sua última adaptação para o teatro, o genial cineasta fez com que “Espectros” tivesse um diálogo fluído com as pessoas do século XXI, contribuindo para uma comunicação vibrante e emocionante com o público de hoje, defendendo o prisma de julgamento do espectador.

Para o diretor Francisco Medeiros, “Ibsen foi um dos grandes retratistas de seu tempo que em forma de texto desnudou a sociedade da época, o lado obscuro da sociedade e da família, um dos pontos que torna sua obra atualíssima”.

O que vemos no palco é uma versão adaptada com ousadia por Bergman sobre a peça de Ibsen. Como ele mesmo revelou, “com uma grande tesoura de aço, cortei em pedaços o férreo espartilho ibseniano, deixando os temas fundamentais intactos”. Bergman mudou coisas de lugar, re-escreveu, tirou alguns trechos e acrescentou ele próprio algumas partes ao texto. Este trabalho colocou a figura da mãe (Clara Carvalho, atriz premiada com Shell, APCA e Mambembe) como centro absoluto da trama. Bergman também inseriu algumas linhas das peças “O Pelicano” e “Sonata dos Espectros”, ambas de August Strindberg, autor que venerava desde a infância. Desta forma, ele reuniu dois de seus dramaturgos mais admirados numa única produção. A própria Cia. Mamba realizou em 2009 e 2010, também com patrocínio da Eletrobras, três temporadas da montagem “O Pelicano”, com direção de Denise Weinberg.

"É como se Strindberg e Bergman tivessem se encontrado, e depois de algumas cervejas tivessem decidido apimentar ainda mais o Ibsen", publicou um tabloide sueco na época da estreia de Bergman.

A real história de Espectros vai se revelando no decorrer do texto, como num suspense. “Todos se espionam o tempo todo, o que ajuda a criar o clima da peça”, diz Medeiros. “O único que tem a chave de algumas portas é o espectador, que mesmo assim, irá se surpreender com o desenrolar da história e os caminhos das personagens”, completa Medeiros.

“Espectros” nos revela os fatos transformadores que ocorrem na vida de cinco personagens durante um único dia, atravessando a madrugada, culminando no amanhecer do novo dia. A morte do pai começa a trazer a tona uma série de acontecimentos e discussões de valores que nunca haviam sido sequer comentados. Amores escondidos, segredos desvendados, adultério, encontros e desencontros, ciúmes, disputas de poder, temas que continuam vivos na atualidade.

Ágil em sua construção dramatúrgica, o texto transita na volta do filho (Flavio Barollo), há muito tempo exilado pela mãe (Clara Carvalho), para a cerimônia de inauguração de um orfanato em homenagem póstuma ao pai. Nesse encontro tem início as revelações sobre a verdadeira natureza do pai, os motivos que levaram o filho ao exílio, além de mistérios que norteiam os agregados dessa família nada convencional, como o Pastor Manders, amigo da família e gestor do orfanato (Nelson Baskerville), o carpinteiro da obra (Plínio Soares) e a empregada da casa (Patrícia Castilho), culminando com um final surpreendente e inesperado entre mãe e filho.

“Espectros” é uma metáfora sobre os valores culturais e morais que são passados de geração em geração, que acompanham estes personagens durante toda a vida, e que fazem parte da sua forma de ser no mundo. A metáfora é representada mais claramente pela doença que o filho herda dos pais. Todos os segredos que estão por trás da sólida fachada dessa família burguesa vem à tona, até que as paredes vão desmoronando uma por uma. Porém, Ibsen nos mostra que a necessidade do ser humano em descobrir sua essência verdadeira é tão grande, que ainda é possível que cada um dos personagens se mova, exorcize seus espectros, e siga seu verdadeiro caminho, seja ele qual for.

Ibsen fala sobre tabus que são revelados aos poucos ao espectador, e que ainda chocam muito as pessoas nos dias de hoje. “Com sua genialidade e vanguarda, provocou muita celeuma na época. Ele se auto exilou em 1864, por não aceitar os valores tacanhos de seu país. Escreveu ‘Espectros’ em 1881 em Sorrento, na Itália. A peça foi um escândalo sem precedentes, sendo proibida a sua encenação em toda a Europa durante alguns anos. Colocou uma lente de aumento na humanização das virtudes e dos defeitos, sem maniqueísmo”, diz Medeiros. Alguns ‘espectros’ que assombram este drama familiar são extremamente atuais, como a submissão da mulher no casamento, o fanatismo religioso, incesto, eutanásia, os padrões de comportamento, preconceitos, diferenças de classes sociais, amores proibidos e traições.

Estudos fotográficos feitos em 2009




Projeto social: Viva Cultura

O projeto Viva Cultura é uma organização não-governamental, comandada pela Cia. Mamba de Artes, que consiste em trabalhar com textos de relevância mundial e excelência artística, proporcionando cultura e oportunidades a jovens em situação de risco social através de acesso gratuito a oficinas e espetáculos da Cia.

Atualmente temos uma parceria com o Espaço Claret Educação e Arte, que é o mais novo espaço de cultura da Congregação dos Claretianos, que já tem mais de 100 anos de história no trabalho com jovens em situação de vulnerabilidade social. Fundado em 2008, O Espaço Claret está localizado no bairro da Santa Cecília, em São Paulo, e recebe jovens carentes da periferia, de 14 a 21 anos. Desde sua fundação, o Espaço Claret desenvolve trabalhos voltados à música, dança, culinária e artesanato, demonstrando vocação para o desenvolvimento cultural desses jovens.

O espaço proporciona troca de experiências, busca de conhecimento, convivência construtiva, respeito à diversidade, trabalho em equipe, consciência de cidadania e o cuidado pela vida e pela natureza. E desde 2009, a equipe da Cia Mamba de Artes ministra um curso gratuito de teatro para cerca de 20 jovens. É apostando nesta vocação que estabelecemos esta parceria para expandirmos as atividades ligadas às artes cênicas dentro da instituição.

Apresentação de final de curso (em HD)

Temporada 2011

A famosa peça de Henrik Ibsen ganha adaptação de Ingmar Bergman, que reescreveu o texto, inseriu trechos de Strindberg e colocou a figura da mãe como centro absoluto da trama. A peça se passa durante a volta do filho, há muito tempo exilado pela mãe, para a cerimônia de inauguração de um orfanato em homenagem póstuma ao pai. Direção de Francisco Medeiros, com Clara Carvalho, Nelson Baskerville, Plínio Soares, Flavio Barollo e Patrícia Castilho.Teatro Anchieta. Duração: 90min. Censura: 14 anos.


PRIMEIRA TEMPORADA
De 14 de maio a 19 de junho de 2011
Sexta 21h, sábado 21h e domingo 19 horas.
Ingresso: $32 (inteira), $16 (meia), $8 (comerciário)


Teatro Anchieta
Sesc Consolação
R. Dr. Vila Nova, 245
Vila Buarque, São Paulo - SP
Fone: (011) 3234-3000 

SESC Consolação


SEGUNDA TEMPORADA
de 24 de junho a 25 de setembro de 2011
Sexta 21h, sábado 21h e domingo 19h
Ingresso: R$ 20,00 (inteira), 10,00 (meia)

Viga Espaço Cênico
Rua Capote Valente 1323 (do lado do metrô Sumaré)
Fone: (011) 3801-1843



Contato para agendamento de grupos: Leandro (11) 8029 7029

Ensaios começam no dia 01/12/2011

No dia primeiro de fevereiro, começam os ensaios de Os Espectros!

Ensaios: 01/02 a 13/05/2011
Data: 5 dias por semana (seg a sex) / 4 horas por dia (nas últimas semanas 6 dias por semana ou 05 horas por dia)
Horário: segunda e sexta das 14h às 18h; terça à quinta das 18h às 22h
Local: a definir

Mural

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